quarta-feira, 7 de julho de 2010

ENCERRAMENTO DO CAFÉ CULTURAL E HOMENAGEM À SARAMAGO.

No último dia 29 de junho aconteceu o encerramento do Café Cultural, atividade desenvolvida na Escola Virgílio Rosas, pela Vice-Diretora Rosa, em parceria com a voluntária Cida Mathídios, artista plástica, e com o nosso apoio e participação. Durante todos os momentos do Café Cultural houve grande envolvimento de alunos, pais, professores e funcionários, que durante as tardes de terça-feira reuniam-se na biblioteca da escola para lerem poesia.
Cida Mathídios selecionou poemas de Cora Coralina sobre o cotidiano das famílias do interior do Brasil, trazendo ricas informações e envolventes dinâmicas que nos encantaram.
No último encontro, por ocasião da morte do escritor José Saramago, prêmio Nobel de Literatura de 1998, único escritor de língua portuguesa a receber tal título, propus uma homenagem à Saramago, ao trazer uma apresentação com fotos e textos do autor. Ao fim da homenagem doei à Biblioteca da escola, um exemplar do “Memorial do Convento”, um dos mais famosos livros de Saramago, para que toda a comunidade escolar possa ter acesso aos livros do escritor, já que Saramago foi muito importante para a literatura em língua portuguesa, sendo ele considerado o responsável por internacionalizar a prosa escrita em nosso idioma pelo mundo, além de ser um escritor preocupado com as temáticas sociais.
Em agosto, o Café Cultural será retomado, com outra temática e muitas novidades.



Alguns livros publicados de José Saramago:

# Terra do Pecado, 1947.
# Poemas Possíveis, 1966.
# Memorial do Convento, 1982.
# Evangelho Segundo Jesus Cristo, 1989.
# Ensaio sobre a Cegueira, 1995.

A poesia de Saramago:


Fala do velho do restelo ao astronauta

Aqui, na Terra, a fome continua,
A miséria, o luto, e outra vez a fome.

Acendemos cigarros em fogos de
napalme.
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
E também da pobreza, e da fome outra
vez.
E pusemos em ti sei lá bem que desejo.
De mais alto que nós, e melhor e mais
puro.

No jornal, de olhos tensos, soletramos.
As vertigens do espaço e maravilhas:
Oceanos salgados que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.

Mas o mundo, astronauta, é boa mesa.
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome,
E são brinquedos as bombas de napalme.

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